Abra a porta da alma e deixa entrar aquilo que tu escondes mulher. Deixa esse rio que corre ladeira abaixo jorrar as gotas que irrigam esse solo fértil, mulher. Deixa a camisa molhada como um caroço de abacate que escorrega no chão. Viva o mistério da alma o sonhar acordar o viver em desembaraço o sentir se partir. Deixa que o circo e o palhaço seja mais um embaraço do que pode surgir. Conta o que mais te assombra sem viver ou sorrir. Deixa!
Em homenagem à Escritora Clarice Lispector